O acordo foi aprovado por maioria em assembleia municipal extraordinária e contou com e negociação do presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, João Pedro Pimentel, o presidente da câmara municipal de Figueiró dos Vinhos, Rui Silva, o presidente da Assembleia Municipal de F.V., o vereador Carlos Lopes do Partido Socialista e João Cardoso deputado do PSD na AM.Já em vigor desde o passado dia 2 de Agosto, este acordo prevê que todas as situações clínicas agudas do âmbito do ambulatório, passarão a ser atendidas pelos médicos de serviço todos dias, incluindo sábados domingos e feriados, entre as 08h00 e as 24H00. Será dada formação aos profissionais de saúde ali a trabalhar de suporte básico de vida e suporte avançado de vida, refere o documento. Todos doentes urgentes e emergentes continuarão a ter resposta no serviço de urgência do Centro Hospitalar de Coimbra e no Serviço de Urgência Básica do Hospital distrital de Pombal, através dos serviços do CODU bem como do serviço de transportes de doentes urgentes pelo INEM, bombeiros e outras entidades competentes.
No transporte de doentes urgentes e emergentes ter-se-á em conta o eixo rodoviário Figueiró dos Vinhos - Coimbra. A ambulância suporte Básico de vida instalada no Centro de Saúde manter-se-á em actividade. Tendo em conta as características demográficas e geográficas do Concelho, as actuais extensões de saúde manter-se-ão em funcionamento.
Nos termos da reforma de saúde Mental será instalada no centro de saúde uma Unidade de Saúde Mental Comunitária que servirá o Pinhal Interior e será da responsabilidade do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra.
Ficou ainda acordado que Administração Regional de Saúde do centro irá no âmbito da reforma dos cuidados primários, desenvolver os esforços para a criação de uma unidade de saúde familiar.
Este documento foi aprovado por maioria na AM.
Carlos Lopes, vereador do PS, que há 8 anos se empenhou na sua criação e posteriormente na sua manutenção, está agora também ao lado desta medida de encerramento entre as 0 horas e as 8 da manhã.
”Sonhei para Figueiró dos Vinhos um serviço diferente para o concelho com aquele que nos foi dado e por isso lamento profundamente que o executivo actual e os executivos anteriores não tenham tido a capacidade politica de convencimento junto do Ministério da Saúde (MS) no sentido de dotar aquele serviço com os meios de diagnóstico capazes de poder fazer face a uma verdadeira urgência e por isso aquilo que infelizmente eu ajudei a trazer para Figueiró dos Vinhos não passou de uma falsa urgência que tivemos na nossa terra”, sublinhou.
O edil Rui Silva sempre defendeu a via do diálogo em contraponto com manifestações de desagrado e, como disse várias vezes durante esta reunião da AM extraordinária, até nem lhe custava muito porque o partido que está no governo não é da sua cor. “Considero este um dia negro para o concelho. Ninguém quer encerramento do SAP de Figueiró dos vinhos. Os dois partidos uniram-se e vimos que não havendo soluções óptimas, conseguimos algumas pequenas vitórias como seja o facto de manter as extensões de, Aguda, Arega, Bairrada e Campelo, a ambulância do INEM vai continuar cá, será criada uma unidade de saúde mental vai ser criada, não sendo uma solução muito boa é uma solução razoável perante o cenário que se vive no pais nesta matéria”, resumiu.
Nesta reunião onde acabou por ser aprovado por maioria o memorando de entendimento, havia apenas uma voz contra à qual não foi possível dar a palavra já que a reunião era extraordinária e não permitia a intervenção do publico. Tratou-se de Fernando Manata, antigo presidente da câmara, que acha o documento agora aprovado, uma porta aberta para o encerramento definitivo daquele serviço. “Convencer que o SAP fechando á meia-noite trás benefícios ao concelho não cabe na cabeça de ninguém. É evidente que nós vamos ficando muito calmos e aguardar as decisões para saber o que vai acontecer no futuro porque o número de médicos é insuficiente, a falta de dinheiro por parte do MS é muito grande. Estou convencido que vai ser muito difícil conseguir cumprir aquilo que foi um convencimento da parte do MS que levou a esta posição da autarquia. Penso que um órgão político tinha era de pressionar nunca aceitando a extinção de um serviço quando muito a suspensão”.
No horário entre a meia-noite e as oito da manhã as pessoas serão tratadas no Centro de Saúde de Pombal ou directamente em Coimbra.
(com Rádio Condestável on-line)
