26 julho 2007
Leitores do Tertúlia do Pinhal Entrevistam Presidente da C.M. Pedrógão Grande
14 julho 2007
Praia das Rocas em directo na RTP1
mms://195.245.176.20/rtpfiles/videos/auto/portdirecto/ptdirecto_1_12072007.wmv
2ª parte do programa (clique no link para ver)
mms://195.245.176.20/rtpfiles/videos/auto/portdirecto/ptdirecto_2_12072007.wmv
13 julho 2007
Figueiró dos Vinhos promove Debate sobre a Interioridade
Na passada Quinta-Feira (12-07-2007) realizou-se em Figueiró dos Vinhos um debate sobre as virtudes, problemas e soluções para dinamizar as regiões do interior do País. Um debate interessante moderado pelo Jornalista João Marcelino (Directos do Diário de Noticias) e com a presença dos oradores Jorge Coelho (ex-ministro socialista, e comentador no programa Quadratura do Circulo, da Sic Noticias), e Dias Loureiro (antigo ministro social-democrata).
O encerramento de escolas e outros equipamentos e serviços "é necessário e está certo para o país que temos", mas, questionou Jorge Coelho, "o país que temos [com o investimento todo no litoral], é o país que queremos?" Esses "cortes não obedecem a uma estratégia de reordenamento do território e de desenvolvimento do país", acrescenta o antigo ministro do PS, confessando-se "preocupado" que assim seja.
Reconhecendo que, sobretudo no interior, há, por vezes, equipamentos a mais e que não faz sentido mantê-los em funcionamento, o ex-dirigente socialista sublinha, no entanto, a necessidade de actuar em função de "uma estratégia clara" que importa definir. E é em função dela, sustenta, que se devem enfrentar os problemas do interior (e do litoral, que também os tem, sobretudo nas "zonas suburbanas, onde a qualidade de vida chega a ser péssima").
Dias Loureiro encara a questão de forma idêntica. "Em que medida o interior, ajudando-se a si próprio, pode ajudar o país?" Ajudar o país particularmente em relação à sua maior dificuldade, isto é, a "criar riqueza" e a fazer com que produza mais do que aquilo que gasta. A resolução do desequilíbrio passa, essencialmente, pelo aumento das exportações, pelo turismo e pela reconquista de quotas do mercado interno, advoga Dias Loureiro, considerando que isso é tarefa de tudo e todos, da administração central e do poder local, de empresários e trabalhadores, do litoral e do interior, até porque, sublinha, as condições numa e outra regiões "não são tão diferentes quanto isso".
Para o antigo governante e dirigente social-democrata, a obra feita ao longo das últimas três décadas esbateu ou acabou mesmo com muitas assimetrias e impõe, agora, outro tipo de papel ao poder local, em relação ao qual "há autarquias a trabalhar bem no interior e mal no litoral" e vice-versa.
Para dar esse salto, o país precisa de regionalização, diz Jorge Coelho, defendendo, todavia, a necessidade de um amplo consenso prévio e de "uma proposta com pés e cabeça", baseada nas cinco regiões-plano.
"O "inacreditável mapa" referendado explica, em boa medida, a sua rejeição pelos portugueses, justifica. Já para Dias Loureiro, as regiões administrativas "não resolvem minimamente o problema português", pelo contrário, agravá-lo-ão, contrapõe o social-democrata, altura em que surgiu uma das raras divergências da noite entre os dois convidados do debate.
Esta iniciativa só pecou pela fraca divulgação que teve junto das populações residentes fora do concelho.
(com D.N.)