27 setembro 2006

Jornal O Ribeiro de Pêra atropela português

Não sou leitor assíduo do Jornal ‘O Ribeira de Pêra’, mas decidi recentemente consultar a sua página na Internet. “Folheei” o jornal, como é meu hábito, na esperança de encontrar alguma notícia que me suscitasse maior atenção. “Posto de Turismo em Castanheira de Pêra” (clique aqui para consultar), o título pareceu-me apelativo o suficiente para ler o corpo da notícia. Desilusão a minha, ao terminar a leitura do artigo dou por mim a questionar-me: Que tirei afinal eu de conclusivo deste texto? Aparentemente nada, a notícia era imprecisa, as frases confusas, as pontuações quase inexistentes, não havia objectividade.
Por breves momentos pensei que estava a ter uma grave crise de dislexia, chamei então um amigo meu para ler o artigo em questão, rapidamente fiquei aliviado, ou sofria-mos os dois da mesma crise ou o problema era tão e somente do autor do artigo. Consultámos mais alguns artigos escritos pelo mesmo autor e tivemos a mesma dificuldade de compreensão, evidencie por si mesmo clicando aqui ou clicando aqui.
Não conheço o/a escrivã(o) que redigiu estes textos, peço no entanto a quem de dever que controle melhor os textos que são publicados num jornal regional que está ao alcance de qualquer cidadão.
As notícias publicadas no jornal parecem interessantes e vê-se que há empenho, dedicação e estima na sua elaboração.
A boa comunicação e a correcta utilização do português são dois pontos que penso fulcrais para o sucesso de qualquer projecto jornalístico. Este jornal tem bons ingredientes para vir a fazer sucesso. Esta é a opinião sincera de um simples e mero consumidor de jornais.
É bom que haja imprensa escrita na nossa região, por mais pequena que esta seja, o povo e a liberdade de expressão ficam a ganhar.
Continuem, mas não a qualquer preço, o leitor deve ser respeitado e a língua portuguesa não merece tamanho castigo.
Foi enviado ao director do jornal ‘O Ribeira de Pêra’, no dia 17/09/2006, um mail onde é exposto o problema que agora abordo neste artigo. Até à data não obtive qualquer resposta da parte do jornal.

23 setembro 2006

Governo divulga lista das 70 câmaras que perdem direito ao crédito

Castanheira de Pêra e Ansião fazem parte da lista de 70 municípios que ultrapassaram o seu limite de endividamento.

Caso a nova lei das finanças locais seja aprovada (tema que penso discutir em breve), estas autarquias perderão toda a sua capacidade de endividamento.
Castanheira de Pêra faz parte do lote das mais endividadas, tendo ultrapassado a sua capacidade de endividamento em 181%, já Ansião ultrapassa a sua capacidade de endividamento em 112%.


Deste lote publicado hoje pelo Correio da Manhã, fazem parte municípios como: Aveiro, 216%; Barreiro, 117%; Condeixa-A-Nova, 108%; Covilhã, 227%; Figueira Da Foz, 147%; Fundão, 168%; 161%; Guarda, 136%; Lisboa, 158%; Marco De Canaveses, 267%; Mesão Frio, 104%; Nazaré, 107%; Odivelas, 157%; Ourém, 110%; Paredes De Coura, 122%; Portalegre, 115%; Rio Maior, 125%; Santa Comba Dão, 150%; Santarém, 159%; Setúbal, 131%; Sines, 192; Torres Novas, 144%; Vila Nova De Poiares, 172% e Vouzela, 147%.

21 setembro 2006

ETPZP inicia NOVO ano lectivo com NOVO Director

António José Figueira Domingues, antigo Director Pedagógico Adjunto da ETPZP, é o novo director da Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal (ETPZP), em Pedrógão Grande. António Domingues vem substituir José Joaquim Quevedo Lourenço que durante oito anos regeu este estabelecimento de ensino.
Veremos se este novo director consegue enfrentar de forma séria e sensata os desafios que se avizinham, entre eles destaco:
O desprezo que foi dado por parte do IPL (Instituto Politécnico de Leiria) à ETPZP para leccionar cursos de nível IV, os chamados CET’S, em deferimento de Figueiró dos Vinhos. Não pode ficar alheio a esta escolha que a ETPZP e o IPL têm vindo a cooperar mutuamente de há algum tempo a esta parte, pelo que esta “quebra de confiança” pode, concludentemente, ter sido desencadeada, ou desencadeado, alguma consequência nefasta, devedo-se assim proporcionar repercussões profundas e sérias sobre este problema.
A desconfiança que alguma opinião pública tem sobre as contratações dos quadros da escola, suspeições que mesmo falsas são bastante graves, só descredibilizam a instituição enquanto entidade de ensino séria e rigorosa. Deve assim este novo director tomar medidas para tentar contornar este clima de suspeição.
O relacionamento com as empresas regionais e um ensino cada vez mais virado para o mercado do trabalho, pois como escola profissional que é, deve dar prioridade à formação intensiva e cada vez mais direccionada para o mercado de trabalho.
Os PALOP’s, programa que julgo iniciado no tempo de José Quevedo, é um tema que traz bastante discussão e discórdia, não só pelos problemas, que num passado muito recente, os estudantes ao abrigo desse programa criaram em Pedrógão Grande, como também pela ocupação de vagas que esses estudantes proporcionam. A ETPZP costuma preencher por completo todas as vagas que disponibiliza para os seus cursos, será assim justo reservar vagas para estudantes estrangeiros, mesmo que tal medida proporcione a consequente exclusão de estudantes nacionais?
A constante melhoria do nível de ensino da escola e os novos desafios colocados a todas as instituições de ensino, quer pela reformulação que todo o sistema de ensino português está a ser alvo, quer pelas exigências e modelações que os novos tempos nos vão impondo, devem ser temas a não descartar. Só assim poderá continuar a haver em Pedrógão Grande uma instituição de ensino capaz de dignificar todo o bom nome de um só concelho.
A recente certificação (norma NP EN ISO 9001:2000-Sistemas de Gestão da Qualidade) atribuída pela APCER, associação independente que controla as certificações em Portugal, à ETPZP, é o prémio que todos os funcionários e alunos desta instituição de ensino devem exibir com orgulho.
Para finalizar, a restante equipa de António Domingues é formada por João Marques, Presidente do Concelho de Administração, e Clotilde Faria, Directora Financeira.

20 setembro 2006

Comunicado TERTÚLIAdoPINHAL

Face aos últimos comentários colocados no Tertúlia do Pinhal, os seus administradores esclarecem que:

1) O Tertúlia do Pinhal é um Blog isento, apartidário e democrático.

2) Trabalhamos para o utilizador e temos sempre em consideração as suas expectativas, sugestões e ambições.

3) Somos um Blog que pretende informar/debater, de forma construtiva, os reais problemas, de forma directa e indirecta, dos habitantes da zona do pinhal.

4) Não toleramos nem enveredamos pelo caminho da má-língua e da pura e completa critica destrutiva.

5) Não denigram a imagem deste blog através de calúnias, boatos ou insinuações de baixo nível. Não toleramos e condenamos por completo este tipo de comportamento.

6) A quem discordar com os dispostos nas alíneas anteriores e usar o Tertúlia do Pinhal ignorando por completo as suas regras de boa conduta, é convidado, desde já, a deixar de escrever no Blog.

Leia as nossas regras de boa conduta em: tertuliadopinhal.no.sapo.pt/regras_conduta.htm , saiba mais sobre nós em tertuliadopinhal.no.sapo.pt/esclarece.html

Os seus administradores e utilizadores agradecem.

Contacte-nos através do nosso mail: tertuliadopinhal@gmail.com

19 setembro 2006

1º Encontro de Land Rover’s – Foz de Alge

(clique na imagem para ver em tamanho grande)

Realizar-se-á nos próximos dias 6, 7 e 8 de Outubro o 1º Encontro de Land Rover's – Foz de Alge – Figueiró dos Vinhos.
O evento será realizado pelo autodenominado “grupo de amigos, amantes de land rover's”, que decidiu unir esforços para levar em frente este projecto.
Este projecto conta com o apoio da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, Centro Aventura e Total.
Saiba mais em: http://www.landroveralge.pt.vu/

Envie também os seus mail's para:tertuliadopinhal@gmail.com

18 setembro 2006

Cuidados a ter no Multibanco

Deixo-vos o link de uma página onde podem descobrir quais os métodos usados pelos criminosos para burlar o vosso cartão Multibanco, nessa página encontrarão também algumas recomendações que devem ter em conta sempre que se dirigem a uma caixa automática da rede Multibanco.

Clique aqui para ver




13 setembro 2006

I FORUM -TODOS POR PEDRÓGÃO

O grupo de Cidadãos Independentes - " Todos Por Pedrógão – I” pediu gentilmente à equipa do Tertúlia do Pinhal a divulgação do mail que passamos a transcrever:

" I - TODOS POR PEDRÓGÃO "
À População
Às Entidades Públicas e Privadas
Às Associações
Às Autarquias
Aos Empresários
Aos Órgãos da Comunicação Social Locais e Regionais
Cordiais Saudações Independentes !
Informa-se que se irá realizar no dia 07.OUT.2006 ,
em Pedrógão Grande, o " I FORUM -TODOS POR PEDRÓGÃO " sobre a
temática O DESENVOLVIMENTO QUE SE PERSPECTIVA PARA O CONCELHO DE PEDRÓGÃO E REGIÃO DO PINHAL INTERIOR .
Os debates e explanação de ideias decorrerão entre as 10 e as 13 horas.
Estarão presentes, como oradores - convidados, pessoas idóneas e com conhecimentos abalizados nas diversas matérias.
Cabe ao público em geral, e, designadamente, às diversas entidades locais ( sociais , culturais, empresariais e outras ), que desde já se convidam para estarem presentes, participar activamente no debate, com vista a que se perspective um melhor e mais activo desenvolvimento futuro para as gentes da nossa terra.

Faça-se critica construtiva e abandonem-se as lamentações miserabilistas!
Orgulha-te de ser PEDROGUENSE !
A INOVAÇÂO e o debate de ideias são a base do desenvolvimento !
Transmite a um amigo, convida um vizinho e vem participar!
Por uma Geração Livre,

Envie também os seus mail's para:tertuliadopinhal@gmail.com

12 setembro 2006

Rallye do Centro – 15 e 16 Setembro

(faça clique sobre a imagem para a ver em tamanho grande)


Mais uma passagem deste já antigo Rallye do Centro por terras do Pinhal Interior.
É um desporto que me agrada, apesar dos críticos, este desporto mobiliza muitos adeptos, sendo um bom motivo de propaganda para a nossa região, gastronomia e beleza natural.
Pena que o Rallye de Portugal tenha parado de fazer parte do WRC (World Rallye Championchip) nestes últimos anos, contudo parece que já para o ano voltaremos a fazer parte do WRC. Pena é que nos tenhamos de deslocar até ao Algarve para assistir a este grande espectáculo.

11 setembro 2006

Políticos Foguete nas auto-estradas

No passado sábado, o carro onde circulava o Ministro da Economia Manuel Pinho, foi apanhado a circular na auto-estrada Nº1, sentido sul/norte, junto da zona de Leiria, a 212km/h.
O Ministro da Economia invocou “interesse público” para justificar o excesso de velocidade, tendo assim unicamente sido identificado pelas autoridades e seguido a sua “calma” e “segura” viagem.
A justificação para o “interesse público” reivindicado pelo ministro, devia-se ao atraso que este levava para uma reunião com o presidente da Câmara de Matosinhos. Interessante justificação de “interesse público”, que só se aplica para alguns dos mortais, leia-se políticos de cargos superiores.
Segundo o código da estrada (Decreto-Lei 44/2005), "os agentes de polícia passam a poder desrespeitar sempre regras e sinais, independentemente da urgência da missão". Acresce que se alarga essa permissão “aos condutores de veículos em missão urgente de interesse público", não se encontrando, porém, regulamentado o que se entende por missão urgente de interesse público.
Vamos então definir alguns casos, na perspectiva do escritor, em que, por decreto de lei, deveria ser considerado “interesse público” quando se anda a mais de 200km/h na auto-estrada.

1) O Homem que vai atrasado para o seu emprego, é de interesse público que chegue sempre a horas para poder produzir mais para a economia nacional

2) O Homem que vai com pressa de chegar à casa de banho, não é de “interesse público” mas é de “interesse justificável” que não se desmanche pelo caminho

3) O Homem que vai ter uma reunião com o patrão. É de “interesse público” que não chegue atrasado, caso contrário é despedido tornando-se mais um fardo para a nossa segurança social

4) O Homem que está atrasado para apanhar o avião, comboio, barco, metro, etc… É de “interesse público” que o(s) apanhe, caso contrário poderá ficar bastante exaltado e alterado, fica a perder o sistema de saúde, porque como está provado cientificamente a grande maioria das doenças desenvolve-se devido ao stress, e pode ficar a perder o sistema judicial, nunca se sabe que tipo de loucura um Homem exaltado pode cometer.

5) O Homem que está atrasado para o seu casamento, é de “interesse público” que chegue a tempo e horas. A baixa taxa de casamentos e consequente taxa de natalidade daí inerente é uma preocupação de âmbito nacional e até mesmo europeu, como já foi referida pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

6) O Homem que anda a 250km/h na ponte Vasco da Gama, mostrando assim aos seus amigos que o seu carro anda mais que o deles. Hoje em dia a indústria de modificação automóvel emprega muitas pessoas, e sem mercado não há emprego, lá está o “interesse público”.

Esta história não é excepção à regra, parece mesmo que os nossos políticos têm um gostinho especial por desprezar o código da estrada. Uma busca muito rápida pela Internet relembrou-me alguns casos, não muito longínquos, de políticos “apanhados” pela polícia mas absolvidos pelo “interesse público” invocado. Transcrevo de seguida algumas histórias.

Um deputado do PSD, eleito pelo círculo do Porto, foi interceptado na auto-estrada, na zona de Coimbra, a circular a mais de 200 quilómetros por hora. O auto está no Governo Civil de Coimbra, ao qual Ricardo Almeida, de 31 anos, fez um pedido especial no sentido de lhe ser perdoada a apreensão da carta de condução. O problema é o historial de infracções graves e muito graves do político, que já foi autuado quase duas dezenas de vezes. Em quase todas teve a "sorte" de ver os processos arquivados.
O "deputado voador", como é conhecido nos meandros policiais, já foi autuado pela Brigada de Trânsito de Aveiro, Guarda, Leiria e Lisboa, pela PSP e pela GNR. Do seu "currículo" constam transgressões cometidas ao volante de pelo menos quatro carros distintos. Mas nenhum deles registado em nome de Ricardo Almeida.

Apesar do "azar" de ter sido surpreendido pelas autoridades a infringir o Código da Estrada, o deputado acabou sempre por ter "sorte", uma vez que os autos ou foram arquivados ou estão em vias disso.
Há pelo menos quatro multas que foram arquivadas por prescrição na entidade autuante. Isto significa que quem levantou o auto reteve-o durante pelo menos um ano em seu poder, sem o enviar à Direcção-Geral de Viação (DGV).

in Jornal de Notícias


São ministros... e grandes irresponsáveis ao volante. A TVI “caçou” muitas figuras políticas a violarem o Código da Estrada.
A ministra Ferreira Leite, além de “apertar” nos impostos, também “apertou” com o seu automóvel.
A “dama de ferro” contabilizou uma velocidade superior a 160km/hora na Ponte Vasco da Gama. A velocidade permitida é de 100 km/hora. A ministra não teve a mesma rapidez a atender o telemóvel, uma vez que ontem à noite esteve incontactável para fazer comentários à reportagem.
Pedro Roseta, ministro da Cultura, devia estar com pressa quando “varreu” a Marginal, da Cruz Quebrada a Algés, a mais de 115 km/hora. E o ministro da Educação vai ter de estudar melhor o código.
David Justino foi “caçado” a conduzir a 180km/hora na A1.
Semáforos para quê?
Nuno Magalhães, secretário de Estado da Administração Interna, também não escapou ao controle da TVI. Numa povoação, onde o limite é 50km/hora, Nuno Magalhães foi visto a conduzir a mais do dobro da velocidade. De acordo com o Código da Estrada, diploma que ele próprio aprovou, ficaria imediatamente sem carta de condução.
“Não comento notícias que não vi”, disse ao 24horas. Muita gente deve ter visto. Amílcar Theias, ministro das Cidades e do Ordenamento do Território, fez ainda pior: passou um sinal vermelho em plena rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, depois de vir a circular, desde o Saldanha, a 80km/hora na faixa “bus”.
Por fim, Carlos Carvalhas ia no seu bólide a 200 quilómetros à hora na A1. O 24horas tentou ouvir o líder comunista mas o seu telemóvel estava desligado. Ou então, se calhar, ia numa estrada sem rede...

in 24Horas

Não lhes siga o exemplo, são políticos. Conduza com prudência.

09 setembro 2006

Parque Eólico da Serra da Lousã – Castanheira de Pêra. Afinal ninguém já é alguém

Segundo o Jornal Correio da Manhã de 9 de Setembro, não há consenso na averiguação dos eventuais proprietários dos terrenos onde está a ser instalado o Parque Eólico da Serra da Lousã.
Será que estes eventuais proprietários só agora se relembraram que são possuidores de uma parcela de terreno no local onde está a ser montado o Parque Eólico? Este interesse súbito até pode ser legítimo mas a sua legitimidade acaba por ser legitimamente posta em causa. Ou alguém fez ou quer fazer dinheiro fácil, é sempre assim! Uns reivindicam que os terrenos são de ninguém, outros por sua vez dizem que ninguém é alguém. Parece confuso?! Leia a notícia, que a seguir transcrevo, publicada no Correio da Manhã de 9 de Setembro de 2006 e ficará a perceber melhor toda esta história.

“São demasiadas irregularidades juntas. Alguém vendeu um terreno que me pertencia sem eu saber de nada”, lamenta Vítor Serra. Depois de alertado, há um mês, para a venda da parcela, o bancário dirigiu-se ao Cartório Notarial de Condeixa, onde o processo foi tratado, para perceber o que se passava.
“Uma pessoa chegou com três testemunhas e vendeu o terreno a uma empresa, que os cedeu à empresa que anda a instalar as torres”, conta Vítor Serra, que pôs um processo crime ao vendedor e uma providência cautelar para parar as obras até o caso estar “devidamente esclarecido”.
O queixoso quer uma explicação para a invasão dos terrenos, uma indemnização e que “as pessoas sejam responsabilizadas pelo crime que cometeram”. Em sua opinião, “existe um terreno com mais de um milhão de metros quadrados, de vários donos, de que os baldios se querem apoderar”.
Luís Trota, presidente do Conselho Directivo dos Baldios da Freguesia de Vilarinho (CBV), assegura que os terrenos em Casal da Bemposta são baldios: “São terrenos comunitários que pertencem aos compartes eleitos para os administrarem”. “Pedimos ao Ministério da Agricultura para solicitar um parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República. Queríamos certificar-nos de que eram baldios e o parecer que temos é favorável”, explica.
“Desde que surgiram as torres eólicas apareceu muita gente a dizer-se dona dos terrenos”, adianta Luís Trota. Entretanto, seis casos, onde se inclui o de Vítor Serra, seguiram para Tribunal por terem sido feitas escrituras por usucapião de propriedades que acredita serem “comunitárias”.
Vítor Serra acusa ainda os Baldios de Vilarinho de “andarem a colocar marcos indevidamente em terrenos que são particulares. Agora, vão ter de responder criminalmente pelo que fizeram”. O presidente do CBV manifesta “estranheza” por, de repente, toda a gente mostrar interesse nas terras. “Desde tempos imemoriais ninguém se afirmou proprietário, mas desde há alguns anos a área dos baldios ficou em menos de metade”.
Luís Trota, que aguarda “serenamente pelas decisões do Tribunal”, garante que “a delimitação dos terrenos foi feita porque, caso contrário qualquer dia, toda a gente era dona dos baldios”.
O CBV e a Enersis – a empresa que está a instalar as torres eólicas – estabeleceram um contrato de cedência de arrendamento dos terrenos em Casal da Bemposta, onde foram instaladas, até ao momento, seis ventoinhas.
A entidade promotora do projecto – que ocupa terrenos que Vítor Serra dizem ser seus, enquanto o Conselho de Baldios de Vilarinho afirma o contrário – é a empresa Parque Eólico de Trevim, pertencente ao Grupo Enersis, que exerce actividade no mercado das energias renováveis. Localizado no Pinhal Interior Norte, na Serra da Lousã, o parque está a ser construído ao longo oito quilómetros.
O edifício de comando, a subestação e 15 aerogeradores ficam no concelho de Castanheira de Pêra, no distrito de Leiria, enquanto os restantes quatro aerogeradores situam-se no da Lousã, já em Coimbra.
Os 19 aerogeradores serão responsáveis pela produção de 120,7 GWh por ano, energia suficiente para abastecer uma população de 52 478 habitantes, o que significa mais de duas vezes e meia a população dos dois concelhos onde está a ser construído. O período de funcionamento previsto para o Parque Eólico da Lousã II é de 20 anos. Uma vez concluído o período de vida útil, o empreendimento poderá ser desactivado ou reabilitado para que continue a operar durante um novo período.

07 setembro 2006

PJ com trabalho na Sertã

o caso prende-se com a suspeitaO alegado abuso sexual praticado duas vezes por um idoso de 71 anos a uma criança de 18 meses, e uma alegada pirómana de 45 anos, são os dois casos que esta semana proporcionaram deslocações da polícia judiciária de Coimbra à Sertã.
O primeiro caso tem como suspeito um homem de 71 anos que alegadamente molestou sexualmente uma criança de 18 meses da qual é familiar. O homem e a alegada vitima são residentes na sertã, o suspeito já foi presente a Tribunal e não confessou o crime. O juiz de Instrução Criminal determinou a apresentação periódica na esquadra local e proibiu o idoso de se aproximar da criança.
O segundo caso prende-se com uma mulher de 45 anos suspeita de atear fogos na zona da sertã, à indivídua foi aplicada a coacção de prisão preventiva.
Nenhum destes suspeitos tem antecedentes criminais.
Com estas idades já era para terem juizo, ao invés disso parece que o perderam por completo.

05 setembro 2006

Praia das Rocas é noticia no Brasil

Castanheira de Pêra e a sua Praia das Rocas já fazem noticia no Brasil. É interessante saber o que se fala sobre este empreendimento e sobre esta vila por terras de vera cruz.
Pena que nem Sertã, Pedrógão ou Figueiró tenham conseguido obter uma projecção internacional e nacional da envergadura que Castanheira de Pêra está a ter, e logo numa área de tão grande interesse económico para a nossa região como a do turismo.
Transcrevo de seguida a notícia publicada pela agência lusa brasileira no seu sítio da Internet.

Uma piscina fluvial, com ondas artificiais, aberta em julho do ano passado, mudou a rotina em Castanheira de Pêra, cidade portuguesa de 3,5 mil habitantes, localizada no distrito de Leiria, centro de Portugal.
Desde a inauguração do complexo - que tem 10 mil metros quadrados de plano de água e, além da piscina, conta com um lago -, a pequena localidade já recebeu 180 mil visitantes, o que corresponde a 50 vezes a população do local e a uma média de 12,8 mil turistas por mês.
Ao contrário do tempo em que era o terceiro produtor de lã em Portugal, Castanheira de Pêra tem agora lojas que abrem aos finais de semana e pequenos mercados que fazem escalas, para que os turistas tenham onde comprar por todo o dia.
Aviso prévio
A grande atração do complexo turístico, conhecido como praia das Rocas, são as ondas artificiais, que aparecem ao som de uma sirene de aviso. Na parte da manhã, elas aparecem a cada hora ou a cada meia hora. À tarde, o intervalo entre o surgimento das ondas é de dez minutos.
O sistema permite quatro tipos de ondas diferentes. As mais altas, com cerca de um metro, são obliquas e espraiam-se para a piscina contígua "e o barulho que se ouve, quando quebram na margem, é idêntico ao do mar", garante o prefeito Fernando Lopes.
Maria da Glória, 44 anos, saiu de Porto de Mós, a cerca de 100 quilômetros, acompanhada de dois filhos e um sobrinho até à praia das Rocas.
É a segunda vez que se desloca, este ano, a Castanheira de Pêra. Ela vem "sobretudo por causa das crianças" e diz que gosta das ondas artificiais, que "só tinha visto uma vez, na Espanha".
Já Paulo Emiliano, 46 anos, de Cascais (Grande Lisboa), tem uma casa em uma cidade vizinha e diz ser um adepto de praias fluvias. "Esta é excepcional", diz.
Aonde o Euro ainda não chegou
O aumento do número de visitantes sente-se um pouco por toda a vila, principalmente entre os comerciantes.
O "Bazar dos 300 e outros", onde o Euro parece ainda não ter aparecido, prepara-se no verão para a chegada dos turistas, que compram "o necessário, aquilo que se esquecem de trazer", disse à Lusa Olga Fernandes, funcionária do estabelecimento.
"Antes não havia excursões, agora há e vem muita gente. Compensa ter a loja aberta no verão, porque no inverno é a morte disto", destaca.
Já na pousada Lagar do Lago, um empreendimento com seis anos, fronteiro à piscina, fazem-se planos para ampliar as instalações.
"Desde o ano passado, o movimento cresceu bastante", observa Joaquim Conceição, gerente do local, garantindo que os 11 quartos esgotam no verão e o edifício "vai ter mais dez quartos".
Barcos como quartos
Também a empresa municipal que gere a praia das Rocas, a Prazilândia, tem contribuído para o aumento do alojamento disponível, contou Antônio Carreira, responsável da empresa.
Quando a reportagem da Lusa chegou à vila, Carreira estava junto ao lago, numa pequena marina, supervisionando os retoques finais para que os barcos possam servir, em setembro, de alojamento a 20 pessoas.
Além dos barcos - ali colocados com o auxílio de uma grua depois de transportados por estrada - Antônio Carreira aponta os seis bangalôs, com 12 quartos, repletos em agosto, que contribuem para que a oferta de alojamento em Castanheira de Pêra tenha "triplicado".
Há ainda outros investimentos privados, como duas unidades de turismo rural e um área de camping em fase final de licenciamento.
"Mudança de mentalidade"
"Houve uma mudança de mentalidades e ainda bem. É muito positivo para que os visitantes não deixem de ter o que lhes faz falta. Este investimento [na piscina fluvial] fez as pessoas acreditar que era possível desenvolver Castanheira de Pêra", disse à Agência Lusa o prefeito Fernando Lopes.
A praia das Rocas tem a maior piscina com ondas em Portugal e foi concebida partindo da recuperação da ribeira de Pêra.
O investimento, de cerca de 3 milhões de euros (R$ 8,2 milhões), valeu a pena, segundo o prefeito. "Mede-se pelo número de pessoas que já nos visitaram" afirma, aludindo às 180 mil pessoas que, entre julho de 2005 e agosto de 2006, passaram pela praia das Rocas, equipamento que só abre no verão.
Lopes afirma que não é só a curiosidade que leva as pessoas a Castanheira de Pêra. "Se fosse, vinham uma vez e não voltavam. Mas temos indicações de que voltam mais vezes, ficam por oito ou 15 dias. Sentem-se bem aqui", diz.
fonte: agencialusa.com.br

02 setembro 2006

Castanheira de Pêra aposta na requalificação do seu património

A Câmara Municipal de Castanheira de Pêra teima em apostar no turismo e na requalificação do seu património cultural e histórico. A recente requalificação de três poços de neve, localizados no Alto de Santo António da Neve – Serra da Lousã, são disso exemplo.
Os edifícios em xisto que cobrem os poços de neve são, de há muito, um ex-líbris da serra, mas, a partir de agora, há outras condições e motivos para os visitar, dado que foram limpos e toda a área envolvente arranjada. Segundo um jornal diário, citando o Engenheiro Florestal da Câmara Municipal de Castanheira de Pêra José Pais: "Apenas foi possível recuperar três dos sete poços existentes, mas há a possibilidade recuperar mais um. Os outros três encontram-se praticamente destruídos". Pena que só agora esta restauração tenha sido concretizada, não sendo assim possível recuperar todos os poços de neve, poços com um importante interesse histórico.
Segundo consegui apurar, há planos e vontade para voltar a produzir gelo nestes poços, os fins são turísticos. Ideia interessante que merece todo o nosso louvor.

História dos poços de neve da serra da Lousã:

Sem registos oficiais que o comprovem, tudo leva a crer que os poços de neve foram construídos no início do século XVII, com o objectivo de armazenar a neve que durante o Inverno caía na serra, para que ali fosse compactada, empalhada e transportada em carros de bois para a Corte, em Lisboa. No Verão, a realeza usava-a para conservar alimentos, fazer gelados, refrescar as bebidas, ou então para fins terapêuticos. Posteriormente, dado a quantidade de neve conseguida, esta passou a ser vendida para o Martinho da Arcada e hotéis.
Por decreto real, sempre que nevava na serra, os homens, mulheres e crianças eram obrigados a deixar o que estavam a fazer para ir encher os poços. Também no transporte, se algo acontecia com os bois ou com os carros, estes tinham de ser prontamente assistidos pelos populares da região.
Os poços de neve foram um enorme motor de desenvolvimento desta região da serra da Lousã. Por exemplo, o Coentral, pequena aldeia situada nas muralhas da serra, deve muito do seu crescimento ao gelo, produto então bastante burguês e escasso.
Mais tarde acabaram por ditar a sentença de morte dos neveiros da serra (trabalhadores dos poços de neve). Ao julgarem que seria a madeira uma boa matéria-prima para dar emprego às gentes da região, decidiram florestar a serra com pinheiros, o resultado foi catastrófico, a florestação provocou uma alteração climatérica na serra, estas modificações climatéricas traduziram-se na subida de temperatura média da serra na ordem dos 5/8 graus Celsius, acabou assim a neve e o pinhal nunca vingou nestas terras.
Saiba mais em: http://tertuliadopinhal.blogspot.com/2006/04/reportagem-tsf-sobre-o-coentral.html
ou http://pt.wikipedia.org/wiki/Po%C3%A7os_de_Neve