Ranking escolas 2009: Instituto São Tiago de Proença-a-nova é a pior classificada. Conheça também os resultados da Escola Secundária de Figueiró dos Vinhos, Sertã, Ansião, Alvaiázere e Vila de Rei.

Foi divulgado pelo Ministério da Educação o ranking das escolas secundárias. Este ranking baseia-se única e exclusivamente nas médias que os alunos finalistas do ensino secundário (12º ano) obtiveram nos exames nacionais no ano lectivo 2008/2009. As escolas da nossa região não estão muito bem posicionadas no ranking nacional. A primeira escola é a Secundária de Alvaiázere e aparece na posição 150 do ranking nacional. Muito pela negativa aparece o instituto de São Tiago de Proença-a-nova, sendo a pior escola classificada tanto no ranking regional como no ranking nacional, ocupa a última posição da tabela, um muito pouco honroso 604º lugar. O DN fez uma noticia sobre o I.S.T., pode consultar aqui. De seguida é apresentado o ranking completo para a região.

1
Posição no Ranking Nacional: 150
Nome: Escola Básica e Secundária Dr. Manuel Ribeiro Ferreira
Concelho: Alvaiázere
Média das notas nos exames nacionais: 11,34
Média das classificações finais (frequência + exames nacionais): 12,77

2
Posição no Ranking Nacional: 225
Nome: Instituto Vaz Serra-Soc.Ensino,Cult.e Recreio, Lda.
Concelho: Sertã
Média das notas nos exames nacionais: 10,94
Média das classificações finais (frequência + exames nacionais): 12,07

3
Posição no Ranking Nacional: 276
Nome: Escola Básica e Secundária Dr. Pascoal José de Mello
Concelho: Ansião
Média das notas nos exames nacionais: 10,70
Média das classificações finais (frequência + exames nacionais): 12,36

4
Posição no Ranking Nacional: 300
Nome: Escola Básica Integrada do Centro de Portugal
Concelho: Vila de Rei
Média das notas nos exames nacionais: 10,60
Média das classificações finais (frequência + exames nacionais): 12,91

5
Posição no Ranking Nacional: 320 Nome: Escola Secundária da Sertã
Concelho: Sertã
Média das notas nos exames nacionais: 10,53
Média das classificações finais (frequência + exames nacionais): 12,62

6
Posição no Ranking Nacional: 426
Nome: Escola Secundária de Figueiró dos Vinhos
Concelho: Figueiró dos Vinhos
Média das notas nos exames nacionais: 10,07
Média das classificações finais (frequência + exames nacionais): 12,15

7
Posição no Ranking Nacional: 472
Nome: Escola Básica e Secundária de Pedro da Fonseca
Concelho: Proença-a-Nova
Média das notas nos exames nacionais: 9,88
Média das classificações finais (frequência + exames nacionais): 12,08

8
Posição no Ranking Nacional: 604
Nome: Instituto de São Tiago - Cooperativa de Ensino/CRL
Concelho: Proença-a-Nova
Média das notas nos exames nacionais: 7,13
Média das classificações finais (frequência + exames nacionais): 11,19

Será interessante entender o porquê da enorme discrepância entre as médias obtidas pelos alunos nos exames nacionais e as médias obtidas pelos alunos nas classificações finais, no caso do Instituto de São Tiago esta diferença é abismal, 4 pontos de diferença entre a média final dos alunos e a média nos exames nacionais.

Numa leitura superficial, o facilitismo e a inflação das notas de frequência parece ser a explicação para as expressivas diferenças registadas em algumas escolas. No entanto, trata-se de uma questão mais complexa do que uma mera comparação da classificação de exame (CE) - a média das notas dos exames nacionais - e a classificação final de disciplina (CFD), que representa a média das classificações finais (composta pela notas de frequência e de exame) a todas as disciplinas.
Pedro Oliveira, catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto que coordenou a primeira avaliação das escolas portuguesas, considera que os professores ajustam a avaliação ao nível médio dos alunos.
Isto significa que, se uma turma for globalmente muito fraca, a tendência do docente é descer os critérios de exigência para as notas não serem tão baixas que funcionem como factor de desmotivação. Da mesma forma, se os alunos forem bons, o professor tenderá a exigir mais. "Não se trata de desonestidade nem de facilitismo", explica Pedro Oliveira.
Neste ranking apenas uma escola pública aparece no Top 25, contudo esta distinção público/privado é um pouco injusta se tivermos em conta que uma escola privada pode escolher os alunos que a frequentam, enquanto que uma escola pública tem de aceitar qualquer tipo de aluno, seja bom ou mau.

(com: JN e DN)