A notícia apanhou todos de surpresa, ninguém estava à espera desta novidade amarga, que só passou a ser do conhecimento público depois de serem colocados os pórticos de portagens.
Uma medida incompressível, uma vez que estamos a falar de um Itinerário Complementar e não de uma autoestrada/SCUT. O governo social democrata está empenhado em ter receitas rápidas e seguras, custe a quem custar e doa a quem doer.
O Troço será taxado entre o nó de Tomar e a entrada para a autoestrada A23, não sendo para já conhecidos os valores a aplicar, mas tendo por base os valores aplicados nas outras SCUTS nacionais (~€0.09/KM), prevê-se uma cobrança de 90 cêntimos para os 10Km do percurso.
De salientar que o IC3 é a via de eleição para muitos dos habitantes da nossa região que se desejam deslocar a Lisboa, deslocação essa que ficará bem mais cara depois da introdução das portagens no IC3 e na A23.
Questionado por um jornal regional relativamente à introdução de portagens no IC3, Miguel Relvas reiterou a sua resposta. “Tem que haver portagens para todos. Ou pagam todos ou não paga ninguém. O princípio de justiça é o de utilizador pagador".
Resta saber como vão reagir os utilizadores a mais esta investida governamental. A Comissão de Utentes da A23 esclarece: “A população foi apanhada de surpresa com a instalação dos pórticos. Vai haver barulho e muito!” A comissão de utentes pretende saber quais são os critérios para aplicação de portagens. “Será nos troços com quatro faixas, só neste IC ou em todos os que foram concessionados? Já agora queremos saber se também vão incluir as estradas nacionais concessionadas, como é o caso da EN2 entre Abrantes e Vila de Rei”, questiona.
Uma atitude lamentável que nos deixa a todos surpreendidos. Se o IC3 passa a ser portajado somente porque tem 4 fachas de rodagem, então porque não decide o governo portajar o IC19 em Lisboa que também possui a mesma fisionomia?! Estará o interior do país condenado à pobreza e ao abandono?!
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