"Inadmissível", este foi o adjectivo utilizado por João Marques (presidente da Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte e da Autarquia de Pedrógão Grande) para descrever a falha nas redes de comunicações fixas e móveis na sequência do temporal de sábado passado. João Gomes Marques defende que “terá de haver alternativas para que situações destas não voltem a acontecer”.
Desde sábado de madrugada que há zonas da região sem comunicações móveis e fixas, segundo relatos há autarquias, bancos e organismos públicos sem acesso às redes de comunicações e Internet, o que está a dificultar bastante o regresso à normalidade da região.
A quebra de comunicações deixou os concelhos isolados e sem possibilidade de coordenar as operações de socorro entre os bombeiros e protecção civil. “Nem para o 112 conseguíamos telefonar”, frisa o autarca pedroguense, realçando que o próprio Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança – SIRESP – “não funcionou”, obrigando os bombeiros a recorrerem a equipamentos antigos para conseguirem contactos.
Uma opinião corroborada também pelo autarca de Ansião, também na zona Norte do distrito de Leiria. Rui Rocha, que preside, também, à associação humanitária dos bombeiros voluntários local, afirma ser “impensável” que o sistema SIRESP tenha estado inoperacional durante algum tempo. Assim como as restantes redes de comunicações, fixas e móveis.
Na tarde de segunda-feira, Rui Rocha lamentou que, enquanto responsável máximo da protecção civil municipal, ainda não tenha sido contactado por nenhum serviço da administração central, sobre o que aconteceu no concelho.
A par com esta falta de comunicações ainda há bastantes zonas sem electricidade, a EDP escusa-se a adiantar que mantém todos os seus efectivos no terreno de forma a restabelecer o mais rapidamente possível o normal funcionamento da sua rede.
A falta de abastecimento de energia eléctrica está a paralisar alguma da actividade económica e a pôr em causa o funcionamento de instituições, lares de idosos e escolas, além do fornecimento de água, o que já obrigou as autarquias a recorrer ao aluguer de geradores de energia.
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