Boas novas para todos aqueles que regularmente utilizam o IC3.
Segundo o jornal JN, o novo lanço do IC3 (Itinerário Complementar nº3) que vai ligar Tomar a Coimbra contempla obras gigantescas a nascente e sul deste concelho. No traçado que o respectivo estudo de impacte ambiental (EIA) apresenta como mais favorável, surgem três túneis com uma extensão total de cerca de quatro quilómetros, entre a freguesia de Ceira e a circular externa de Coimbra, e três novas pontes, nos rios Dueça, Ceira e Mondego.
O estudo prévio da nova estrada, juntamente com o EIA, já entrou em fase de discussão pública, dia 4 deste mês, e pode ser consultado, nas autarquias abrangidas, até 6 de Março. Nesse documento, o Governo declara que o projecto de execução da nova estrada deverá estar pronto em meados de 2009, para que a obra seja iniciada ainda nesse ano e concluída em 2014.
Por faltar aprovar o traçado definitivo do lanço, não há informações exactas sobre os custos do empreendimento, mas a empresa Estradas de Portugal estima, em resposta ao JN, que o orçamento global ande na ordem dos 570 milhões de euros.
Embora o documento disponibilizado ao público não fale em dinheiro, a análise dos mapas anexados permite concluir que boa parte do orçamento será despendido em Coimbra qualquer dos dois traçados propostos, para a parte final do lanço do IC3, coincide com a zona mais acidentada do concelho e atravessa três rios.
Pontes entre túneis
O estudo prévio, elaborado pela empresa Coteprol, faz o IC3 entrar em Coimbra pelo extremo sul do concelho, em Almalaguês. Depois de atravessar esta freguesia, já à entrada da de Ceira, será construída uma nova ponte sobre o rio Dueça. A partir daqui, o IC3 segue em túnel, ao longo de um pouco mais de mil metros, até à margem esquerda do rio Ceira, entre as localidades de Cabouco e Bouça. Mas só virá à superfície para atravessar o rio Ceira, através de uma ponte nova.
Já na margem direita do Ceira, o IC3 seguirá noutro túnel, com perto de dois quilómetros de comprimento, que atravessará a Serra do Carvalho. Terminará na margem esquerda do Mondego, a jusante das Carvalhosas.
É entre esta aldeia e a Ponte da Portela, numa zona onde o leito do Mondego é largo e surge num vale profundo, que vai nascer a nova travessia deste rio. A partir daí, já na margem direita, o IC3 sobe até ao Chão do Bispo. E, um pouco mais em cima ainda, no Picoto dos Barbados, já muito perto da Mata Nacional de Vale de Canas, nasce novo túnel, com menos de um quilómetro, que vai terminar já perto da circular externa de Coimbra. Daqui, ligar- -se-á, nomeadamente, ao IP3.
Ainda no concelho de Coimbra, o traçado alternativo do IC3 que o EIA considera menos favorável prevê vários viadutos e atravessa os três referidos rios mais a montante. No caso do Mondego, atravessá-lo-ia entre Torres do Mondego e Casal da Misarela, seguindo em direcção a Vale de Canas e à circular externa.
Cerca de 25 mil carros/dia
Este lanço do IC3 vai ter dez nós de ligação e cruzar, além de Coimbra, os concelhos de Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo, Penela, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Alvaiázere, Ferreira do Zêzere e Tomar. O objectivo é permitir "a interligação rápida e segura entre a variante de Tomar, o IC8 em Avelar, a A1/IC2/EN1, em Condeixa, e a circular externa de Coimbra, que se encontram construídas e em exploração".
Grosso modo, o estudo prévio prevê duas grandes alternativas de traçado. Mas, fazendo as contas a mais sete traçados parciais alternativos e a três ligações possíveis a Condeixa, chega-se a 84 hipóteses diferentes. E nenhuma delas apresenta, segundo o EIA, "impactes negativos tão significativos" que inviabilizem o empreendimento.
O EIA deixa, ainda assim, avisos "Há que contar com os condicionamentos representados por algumas áreas classificadas de grande importância a nível regional e mesmo nacional, como seja o Sítio Sicó-Alvaiázere da Rede Natura 2000 e as importantes áreas de Reserva Ecológica Nacional e da Reserva Agrícola Nacional que se vão distribuindo ao longo de toda a área".
O IC3, que aparece no Plano Rodoviário Nacional 2000 com a designação "Coimbra-Setúbal", vai oferecer, entre Coimbra e Tomar, duas vias em cada sentido, com 24 metros de largura. No estudo de tráfego apresentado, o cenário de maior procura ("optimista") apresenta valores diários de 21 a 25 mil veículos, em 2012, e de 26 a 30 mil, em 2032.
João Gaspar, da Estradas de Portugal, admite que o novo lanço, após obter Declaração de Impacte Ambiental da Agência Portuguesa de Ambiente, "possa integrar uma futura concessão". Observa, todavia, que ainda "não existe qualquer decisão sobre esta matéria".
Segundo o jornal JN, o novo lanço do IC3 (Itinerário Complementar nº3) que vai ligar Tomar a Coimbra contempla obras gigantescas a nascente e sul deste concelho. No traçado que o respectivo estudo de impacte ambiental (EIA) apresenta como mais favorável, surgem três túneis com uma extensão total de cerca de quatro quilómetros, entre a freguesia de Ceira e a circular externa de Coimbra, e três novas pontes, nos rios Dueça, Ceira e Mondego.
O estudo prévio da nova estrada, juntamente com o EIA, já entrou em fase de discussão pública, dia 4 deste mês, e pode ser consultado, nas autarquias abrangidas, até 6 de Março. Nesse documento, o Governo declara que o projecto de execução da nova estrada deverá estar pronto em meados de 2009, para que a obra seja iniciada ainda nesse ano e concluída em 2014.
Por faltar aprovar o traçado definitivo do lanço, não há informações exactas sobre os custos do empreendimento, mas a empresa Estradas de Portugal estima, em resposta ao JN, que o orçamento global ande na ordem dos 570 milhões de euros.
Embora o documento disponibilizado ao público não fale em dinheiro, a análise dos mapas anexados permite concluir que boa parte do orçamento será despendido em Coimbra qualquer dos dois traçados propostos, para a parte final do lanço do IC3, coincide com a zona mais acidentada do concelho e atravessa três rios.
Pontes entre túneis
O estudo prévio, elaborado pela empresa Coteprol, faz o IC3 entrar em Coimbra pelo extremo sul do concelho, em Almalaguês. Depois de atravessar esta freguesia, já à entrada da de Ceira, será construída uma nova ponte sobre o rio Dueça. A partir daqui, o IC3 segue em túnel, ao longo de um pouco mais de mil metros, até à margem esquerda do rio Ceira, entre as localidades de Cabouco e Bouça. Mas só virá à superfície para atravessar o rio Ceira, através de uma ponte nova.
Já na margem direita do Ceira, o IC3 seguirá noutro túnel, com perto de dois quilómetros de comprimento, que atravessará a Serra do Carvalho. Terminará na margem esquerda do Mondego, a jusante das Carvalhosas.
É entre esta aldeia e a Ponte da Portela, numa zona onde o leito do Mondego é largo e surge num vale profundo, que vai nascer a nova travessia deste rio. A partir daí, já na margem direita, o IC3 sobe até ao Chão do Bispo. E, um pouco mais em cima ainda, no Picoto dos Barbados, já muito perto da Mata Nacional de Vale de Canas, nasce novo túnel, com menos de um quilómetro, que vai terminar já perto da circular externa de Coimbra. Daqui, ligar- -se-á, nomeadamente, ao IP3.
Ainda no concelho de Coimbra, o traçado alternativo do IC3 que o EIA considera menos favorável prevê vários viadutos e atravessa os três referidos rios mais a montante. No caso do Mondego, atravessá-lo-ia entre Torres do Mondego e Casal da Misarela, seguindo em direcção a Vale de Canas e à circular externa.
Cerca de 25 mil carros/dia
Este lanço do IC3 vai ter dez nós de ligação e cruzar, além de Coimbra, os concelhos de Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo, Penela, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Alvaiázere, Ferreira do Zêzere e Tomar. O objectivo é permitir "a interligação rápida e segura entre a variante de Tomar, o IC8 em Avelar, a A1/IC2/EN1, em Condeixa, e a circular externa de Coimbra, que se encontram construídas e em exploração".
Grosso modo, o estudo prévio prevê duas grandes alternativas de traçado. Mas, fazendo as contas a mais sete traçados parciais alternativos e a três ligações possíveis a Condeixa, chega-se a 84 hipóteses diferentes. E nenhuma delas apresenta, segundo o EIA, "impactes negativos tão significativos" que inviabilizem o empreendimento.
O EIA deixa, ainda assim, avisos "Há que contar com os condicionamentos representados por algumas áreas classificadas de grande importância a nível regional e mesmo nacional, como seja o Sítio Sicó-Alvaiázere da Rede Natura 2000 e as importantes áreas de Reserva Ecológica Nacional e da Reserva Agrícola Nacional que se vão distribuindo ao longo de toda a área".
O IC3, que aparece no Plano Rodoviário Nacional 2000 com a designação "Coimbra-Setúbal", vai oferecer, entre Coimbra e Tomar, duas vias em cada sentido, com 24 metros de largura. No estudo de tráfego apresentado, o cenário de maior procura ("optimista") apresenta valores diários de 21 a 25 mil veículos, em 2012, e de 26 a 30 mil, em 2032.
João Gaspar, da Estradas de Portugal, admite que o novo lanço, após obter Declaração de Impacte Ambiental da Agência Portuguesa de Ambiente, "possa integrar uma futura concessão". Observa, todavia, que ainda "não existe qualquer decisão sobre esta matéria".
(por: Jornal de Noticias)
1 comentário:
esperemos que nao venha a ter portagens mais tarde
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