04 abril 2008

Caso esmeralda - Aparato mediático à porta do tribunal da Sertã

Esmeralda Porto não se encontrou esta tarde com o pai biológico, Baltazar Nunes, como estava previsto, apesar da ordem judicial para o encontro. À porta do Tribunal da Sertã, onde se juntaram jornalistas e várias pessoas, a menor recusou-se a sair da viatura dos pais adoptantes, que a entregavam hoje, pela primeira vez, ao progenitor.
Apesar da intervenção da técnica do Instituto de Reinserção Social, que propôs a Esmeralda para se encontrar com o pai no interior do tribunal, a criança recusou-se a fazê-lo. Perante a insistência da menor, Luís Gomes e Adelina Lagarto, casal que acolhe a criança desde os três meses, pediram à juíza responsável pelo processo para que fosse autorizado o regresso de Esmeralda a casa, em Torres Novas.
A magistrada acedeu e a menor abandonou o local, sem que tenha ocorrido aquela que seria a primeira visita de Esmeralda ao pai biológico, na residência deste.
Baltazar Nunes, recebido por insultos de pessoas que cercaram o tribunal, apesar do pedido de protecção policial que interpôs, acabou por sair da Sertã, cerca das 16h00, sem a filha.
Luís Gomes e Adelina Lagarto, casal a quem a mãe biológica de Esmeralda entregou a criança aos três meses, estão envolvidos numa batalha judicial com Baltazar Nunes pela guarda da menor, afora com seis anos. Após um processo oficial de averiguação de paternidade, o pai biológico perfilhou a filha quando ela tinha um ano e desde então tem disputado a sua guarda com o casal de Torres Novas.
Luís Gomes e Adelina Lagarto encontram-se, neste momento, sem defesa, depois da sua advogada Sara Cabeleira ter informado o tribunal que vai deixar de os representar. As razões que levaram a causídica a abandonar este processo e a defesa de Adelina Lagarto no processo-crime de sequestro e subtracção de menor não são conhecidas.
Fonte ligada ao casal indicou à Lusa que Luís Gomes e Adelina Lagarto tentam agora obter o patrocínio de algum advogado ligado ao movimento de juristas que promoveu o “habeas corpus” para tentar libertar o pai adoptante da prisão, mas até ao momento os contactos foram infrutíferos.
Até quinta-feira, o casal terá de constituir um advogado, já que nesse dia terá lugar uma nova conferência de partes, exactamente um ano depois de uma primeira tentativa para regular a entrega da menor, sem sucesso.
(por: Público)

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