13 setembro 2011

ex-deputado Carlos Lopes começa a ser julgado amanhã

O ex-deputado e último candidato socialista à Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, Carlos Lopes, vai começar a ser julgado no tribunal da comarca de Figueiró dos Vinhos na próxima quarta-feira, dia 14 de Setembro. Esta será a primeira de quatro sessões que serão presididas pelo Juiz Nelson Fernandes e que conta com certa de meia centena de testemunhas. O ex-dirigente responderá por 19 crimes de corrupção passiva, um de tráfico de influências, dois de peculato e um de falsificação de documentos, estes últimos em coautoria com o seu irmão, Pedro Lopes, e pelo economista Luís Silveirinha.
Estes casos remontam a 2005 aquando das eleições autárquicas de 2005, quando Carlos Lopes era dirigente distrital e concelhio do PS e Chefe de Divisão Administrativa e Financeira da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos.
De acordo com a acusação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Carlos Lopes «efetuou vários contactos com vista à angariação de fundos» para a referida campanha e que «ficassem à margem ou não constassem» da respetiva contabilidade. Para tal, procurou contactar com indivíduos que já teriam tido ou mantinham à data relações profissionais contratuais com a Câmara Municipal, ou previsivelmente no futuro iriam ter.
A acusação, assinada pelo Procurador Orlando Figueira, o ex-chefe de gabinete do governador civil de Leiria «subtraiu à quantia doada o valor do IVA, e ficou de forjar, ou mandar forjar, documentos de despesa para que os doadores a pudessem utilizar e assim justificar na contabilidade das suas empresas a saída da quantia doada».
Orlando Figueira refere que em conjunto com Pedro Lopes, seu irmão e vice-presidente da autarquia, e Luís Silveirinha, economista e técnico superior na mesma Câmara Municipal, «recorreram a outros meios como sejam o de desviarem fundos do Município para pagamento de despesas da campanha eleitoral».
«Terão viciado as contas da Câmara e viciaram também as contas do PS que apresentaram à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos», adianta o documento do DCIAP, acrescentando que, quanto às despesas pagas pela autarquia, «foi notória a preocupação para que a tramitação efetuada nos serviços da Câmara para processamento das despesas em causa ficasse concluída antes da tomada de posse dos novos membros dos órgãos autárquicos».
O documento refere, ainda, que «das conversas telefónicas, constatou-se que o arguido advertiu insistentemente aqueles dois arguidos [Pedro Lopes e Luis Silveirinha] para que o conhecimento dos factos ficasse apenas entre eles, e que, o ainda presidente não tomasse conhecimento das mesmas».


(fonte: Noticias do Centro)

4 comentários:

austarca disse...

AFINAL DE CONTAS SEMPRE ERA VERDADE....RAZÃO TEM O CAMOESAS, QUANDO O DISFAMOU NO JORNAIS

Verdadeirofigueiroense disse...

Aposto que o comentário anterior é do próprio Camoezas, disfarçado. Quanto ao julgamento, estavam inicialmente agendadas 4 sessões mas uma já foi desmarcada devido ao Juiz ter dispensado várias testemunhas, ao que se supõe reflexo das declarações do Perito da Judiciária já ouvido e que terá "absolvido" por completo o Carlos Lopes. Pelo menos tecnicamente aquele perito afirmou nada ter encontrado de anormal nas contas do Carlos Lopes

Mesmooverdadeirofigueiroense disse...

ainda vão arranjar um perito que diga que nas gravações que fizeram não era nem  a voz dele , nem o telemóvel dele, e só estava a ajudar criancinhas

Ben disse...

A porcaria pos politicos saem sempre sem condenações, é a porcaria da justiça que temos, quem rouba um pão para comer é preso mas os politicos deste pais podem encher a mula e enriquecer, país de vergonha.