27 maio 2008

Ansião - Agressões nos estúdios da Rádio Vida Nova FM

Fazer rádio parece ser cada vez mais uma profissão de alto risco.

Ontem, cerca das 14H00, dois indivíduos jovens, irmãos, dirigiram-se às instalações da Rádio Vida Nova, arrombaram barbaramente, a pontapé, duas portas de acesso ao exterior, penetraram nas instalações, e espancaram a primeira pessoa que encontraram, funcionário do Jornal Luz – Boletim Interparoquial, que estava na primeira sala. No estúdio trabalhava a animadora de rádio que, ao ouvir barulhos, abriu a porta, para ver o que se passava. Apercebeu-se da presença de dois estranhos, sendo que o agressor a pontapeou selvaticamente, tendo esta tentado fechar a porta e o agressor continuou a pontapear a porta, tendo-a protegido o irmão mais novo, pois o verdadeiro agressor é o mais velho. De notar que se encontra em situação de gravidez, o que a todos os títulos, tal agressão se reveste de características dos mais baixos instintos. Foram danificados ainda materiais radiofónicos e discográficos. Ao saírem das instalações, os agressores deparam-se com outra funcionária, que regressava ao trabalho, percebeu o que se passava, tendo visto o agressor com uma navalha, na mão, e tendo percebido mesmo uma discussão entre os dois, dentro duma viatura, antes mesmo de arrombarem e agredirem nas instalações da Rádio. A funcionária tentou refugiar-se na pastelaria vizinha, tendo pedido protecção, tendo sido agredida no pescoço.

Colocaram-se em fuga, numa viatura branca, foram chamados os bombeiros, para socorrer a primeira vítima, barbaramente espancada, sobretudo na cabeça, tendo-lhe sido prestados no local, pelo pessoal da ambulância, e foi conduzido ao Hospital da Pombal, que o reenviou para Leiria, em ordem a um exame mais detalhado. Chegou também uma força da GNR, que começou por recolher elementos de investigação e falou com os intervenientes sinistrados. Quando se encontrava já no local, o director da Rádio, viu os estragos, ouviu as pessoas, falou com as autoridades.

Entretanto, chegou de novo a viatura com os atacantes, que foi estacionada numa zona proibida, na margem da estrada, em frente à pastelaria, e os elementos da GNR de imediato cercam os atacantes, tendo-lhe apreendido a navalha, identificando e recolhendo dados. Quando um dos guardas, se deslocou ao lado para recolher outros dados, o mais velho, agressor, começou a atacar o outro guarda, tendo sido de imobilizado, algemado e conduzido depois ao posto d GNR, em Ansião, onde foi ouvido, e enviado ao Tribunal, para ser presente à Procuradora do Ministério Público.

Entretanto, a Direcção da Rádio, bem como uma das funcionárias agredidas, dado que o outro funcionário se encontrava hospitalizado, apresentaram-se no Posto da GNR, para apresentar queixa. Ao fim da tarde, após interrogatório no Tribunal, o agressor foi mandado embora, com a medida de coacção de termo de identidade e residência.

Contactado o Hospital de Leiria, deu a informação que o funcionário do jornal teve alta cerca das 22H30.

Naturalmente que se levantam de imediato interrogações sobre os motivos que levaram a esta agressão violenta e inqualificável. Sem entrar no que serão as declarações do agressor às autoridades, naturalmente em segredo de justiça, não se encontra a mínima razão objectiva. O agressor não participava em diálogo com nenhum dos trabalhadores da comunicação social, porque há registo de todos os participantes, e ele nunca participou. Também não há a mais leve suspeita sobre a própria rádio em si. Nem contra a direcção da Rádio. Inclusive, o director foi pároco de Santiago da Guarda, e recorda perfeitamente como, em tempos, se preocupou com esta família, tendo conseguido que o grupo sócio-caritativo fizesse com que fosse construído um tanque na habitação anterior da família, hoje desestruturada, de modo particular pela preocupação da saúde e higiene das crianças, entre as quais se encontravam na altura estes dois jovens.

(por: VidaNova FM)

2 comentários:

Anónimo disse...

Qual o verdadeiro interesse desta noticia?Quaquer dia um arroto é transcrito.

Anónimo disse...

Dar noticia sem deixar siquer uma presunção do que levou ao fato é noticia meia boca.