As praias fluviais não são todas iguais e em muitas escondem-se perigos que nem sempre são conhecidos dos banhistas que optam por alguns espaços sem vigilância, como a barragem do Cabril, em Pedrógão Grande.
A praia foi concessionada no ano passado mas este ano a autarquia não arranjou privados para investir no espaço pelo que a piscina fluvial e a praia, junto à barragem, estão sem qualquer tipo de protecção.
"Eu gosto de trazer cá os meus netos porque é sossegado e a água é calma", explicou Maria do Rosário, moradora no concelho vizinho da Sertã que nem sequer se apercebeu que não existia qualquer vigilância.
"Eu gosto mais dos rios porque o mar aqui na zona é muito perigoso e é um bocado longe", desabafou a reformada ao aplicar protector solar nos dois netos que estão à sua guarda enquanto a filha trabalha.
Mas apesar desta confiança, muitos consideram que a praia não é segura.
António Santos, um jovem morador em Pedrógão que usa aquela zona como local para atracar a sua moto de água, é um deles.
"As pessoas não sabem os riscos que correm. Aqui há correntes e os garotos muitas vezes aventuram-se demais", disse António Santos que lamenta a falta de vigilância num espaço que poderia ser "muito bem aproveitado".
"A água é limpa e a encosta não é a pique", salientou este jovem estudante universitário.
Contudo, apesar dos esforços em concessionar a praia, a autarquia de Pedrógão Grande não conseguiu encontrar interessados nem sequer nadadores-salvadores.
"Eu ainda quero lá fazer uma praia mas como não está classificada ainda não é considerada zona balnear", afirmou João Marques, presidente da Câmara de Pedrógão Grande, que aponta a falta de jovens interessados em vigiar as praias fluviais.
"Isto é um drama: abrem-se cursos de nadador-salvador e ninguém aparece", explicou.
E depois o gosto pelo risco faz da albufeira um espaço imenso de testes de mergulho e de praias fluviais, como sucede com o vizinho Moinho das Freiras, já na Sertã, um local onde as autoridades têm cartazes a proibir banhos mas que os populares não respeitam.
"Há sempre lá gente", disse uma mulher à Agência Lusa que cortava um pouco de mato para o gado à beira da estrada.
A poucos quilómetros de Pedrógão Grande, existem também casos de sucesso e de segurança em praias fluviais.
A praia do Mosteiro, no limite do concelho com Castanheira de Pêra, é um pequeno oásis até porque o espaço verde em torno do da ribeira calcetada no leito para permitir mais segurança, tem sempre um número regular de banhistas, vigiados por nadadores-salvadores.
"Temos de ter um pouco mais de cuidado por causa dos garotos que se aventuram demais e esquecem-se que nadar em água doce não é o mesmo que nadar no mar", disse José Carlos, um dos jovens que aproveita algumas horas para vigiar aquela pequena estância fluvial.
Mais a norte, o concelho de Castanheira de Pêra é um "pequeno Algarve" para o interior dos distritos de Leiria e de Coimbra, com a sua já famosa piscina com ondas artificiais e que só em 2006 já tiveram perto de 200 mil visitantes.
Para um concelho que parecia condenado à extinção com o fim da indústria têxtil, a Praia das Rocas foi uma panaceia para todos os males da interioridade.
"Isto está sempre cheio e isso é que é o problema. Porque temos de estar com muita atenção" já que quando "as ondas são feitas há sempre uns 'doidos' que vão para onde não devem", afirmou um dos nadadores-salvadores da praia, um espaço que está a servir de âncora para a requalificação do concelho como um destino turístico preferencial.
"Os pais pensam que os rios são mais seguros e isso é verdade. Mas é preciso que haja muito cuidado porque os miúdos arriscam sempre", acrescentou.
Opinião diferente tem Carlos Santiago, que veio da Figueira da Foz para estar na Praia das Rocas com os dois filhos menores.
"Eu aqui estou descansado. Posso ir beber uma cerveja à esplanada que os meus ficam calmos a chapinhar na água durante horas", disse, resumindo assim o sentimento de despreocupação que muitos pais têm em relação às praias e piscinas fluviais.
A praia foi concessionada no ano passado mas este ano a autarquia não arranjou privados para investir no espaço pelo que a piscina fluvial e a praia, junto à barragem, estão sem qualquer tipo de protecção.
"Eu gosto de trazer cá os meus netos porque é sossegado e a água é calma", explicou Maria do Rosário, moradora no concelho vizinho da Sertã que nem sequer se apercebeu que não existia qualquer vigilância.
"Eu gosto mais dos rios porque o mar aqui na zona é muito perigoso e é um bocado longe", desabafou a reformada ao aplicar protector solar nos dois netos que estão à sua guarda enquanto a filha trabalha.
Mas apesar desta confiança, muitos consideram que a praia não é segura.
António Santos, um jovem morador em Pedrógão que usa aquela zona como local para atracar a sua moto de água, é um deles.
"As pessoas não sabem os riscos que correm. Aqui há correntes e os garotos muitas vezes aventuram-se demais", disse António Santos que lamenta a falta de vigilância num espaço que poderia ser "muito bem aproveitado".
"A água é limpa e a encosta não é a pique", salientou este jovem estudante universitário.
Contudo, apesar dos esforços em concessionar a praia, a autarquia de Pedrógão Grande não conseguiu encontrar interessados nem sequer nadadores-salvadores.
"Eu ainda quero lá fazer uma praia mas como não está classificada ainda não é considerada zona balnear", afirmou João Marques, presidente da Câmara de Pedrógão Grande, que aponta a falta de jovens interessados em vigiar as praias fluviais.
"Isto é um drama: abrem-se cursos de nadador-salvador e ninguém aparece", explicou.
E depois o gosto pelo risco faz da albufeira um espaço imenso de testes de mergulho e de praias fluviais, como sucede com o vizinho Moinho das Freiras, já na Sertã, um local onde as autoridades têm cartazes a proibir banhos mas que os populares não respeitam.
"Há sempre lá gente", disse uma mulher à Agência Lusa que cortava um pouco de mato para o gado à beira da estrada.
A poucos quilómetros de Pedrógão Grande, existem também casos de sucesso e de segurança em praias fluviais.
A praia do Mosteiro, no limite do concelho com Castanheira de Pêra, é um pequeno oásis até porque o espaço verde em torno do da ribeira calcetada no leito para permitir mais segurança, tem sempre um número regular de banhistas, vigiados por nadadores-salvadores.
"Temos de ter um pouco mais de cuidado por causa dos garotos que se aventuram demais e esquecem-se que nadar em água doce não é o mesmo que nadar no mar", disse José Carlos, um dos jovens que aproveita algumas horas para vigiar aquela pequena estância fluvial.
Mais a norte, o concelho de Castanheira de Pêra é um "pequeno Algarve" para o interior dos distritos de Leiria e de Coimbra, com a sua já famosa piscina com ondas artificiais e que só em 2006 já tiveram perto de 200 mil visitantes.
Para um concelho que parecia condenado à extinção com o fim da indústria têxtil, a Praia das Rocas foi uma panaceia para todos os males da interioridade.
"Isto está sempre cheio e isso é que é o problema. Porque temos de estar com muita atenção" já que quando "as ondas são feitas há sempre uns 'doidos' que vão para onde não devem", afirmou um dos nadadores-salvadores da praia, um espaço que está a servir de âncora para a requalificação do concelho como um destino turístico preferencial.
"Os pais pensam que os rios são mais seguros e isso é verdade. Mas é preciso que haja muito cuidado porque os miúdos arriscam sempre", acrescentou.
Opinião diferente tem Carlos Santiago, que veio da Figueira da Foz para estar na Praia das Rocas com os dois filhos menores.
"Eu aqui estou descansado. Posso ir beber uma cerveja à esplanada que os meus ficam calmos a chapinhar na água durante horas", disse, resumindo assim o sentimento de despreocupação que muitos pais têm em relação às praias e piscinas fluviais.
(fonte: diário de Leiria)
1 comentário:
N há nadadores salvadores?????
Mas andaram a pedir alguém???? Logo vi....
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