24 março 2006

Socrates Vs Marques Mendes & Ribeito e Castro = Quem Ganha?

Realizou-se recentemente o XXVIII congresso nacional do PSD em Lisboa e o antecipado concelho nacional do CDS/PP em Leiria, depois de várias horas de discussão obtiveram-se medidas semelhantes nos dois encontros, a convocação de eleições internas antecipadas, onde os dois actuais presidentes voltarão a ser protagonistas com as suas recandidaturas. Será que a sua popularidade interna está assim tão baixa que necessitem de uma recandidatura tão precoce? Julgo que não, se bem se recordam os dois dirigentes políticos foram eleitos à menos de um ano, depois da esmagadora derrota dos seus partidos nas anteriores eleições legislativas e consequente demissão dos então presidentes Santana Lopes e Paulo Portas. Será então que José Sócrates está a governar bem ou tão à direita que os partidos de direita não têm por onde lhe fazer oposição concreta e lógica, criando estas crises internas nos partidos? Certo é que Sócrates se deve ter sentido muito bem com todo este desenrolar de acontecimentos, vejamos que mesmo depois de medidas tão duras e impopulares que o governo tem tomado, os partidos da oposição não têm aumentado a sua popularidade, estando ao contrário do que se esperava com crises internas.
Andei a consultar os dados da Comissão Nacional de Eleições referentes às legislativas de 20 Fevereiro de 2005 e apanhei os seguintes resultados:
Pedrógão Grande: PSD(55%), PS(31.71%), CDS/PP(4.61%), BE(1.57%)
Figueiró dos Vinhos: PSD(47.59%), PS(34.08%), CDS/PP(5.07%), BE(1.93%)
Castanheira de Pêra: PS(60.26%), PSD(28.95%), CDS/PP(2.4%), BE(2.17%)
Sertã: PSD(46.59%), PS(35.69%), CDS/PP(8.17%), BE(2.73%)
Não os vou comentar, tentando ser apartidário, conto com o vosso espírito autocrítico, pelo menos as percentagens a isso me levam crer.

4 comentários:

Anónimo disse...

Pedro Lomba


Tendo a obrigação de seguir o que acontece, de ouvir protagonistas, de ler os outros, tenho demasiadas vezes a impressão de que, salvo algumas excepções (na realidade as excepções de sempre), a opinião política em Portugal se tem tornado numa coisa mais ou menos siciliana. Para uma certa tendência, o cronista político verdadeiramente não existe. É visto como a extensão de qualquer outra coisa, talvez como um funcionário, certamente como um ambicioso. Não é só na política pura que as interpretações familiares imperam, como o PSD de Marques Mendes, o PSD de Cavaco Silva, o PSD de Santana Lopes, o PS de Sócrates, o PS de Soares. É normal que os políticos se organizem colectivamente. Os solitários não ganham congressos. Mas já é estranho que se exija a quem escreve sobre política que escolha um bando, um colectivo, um clube. Como se fosse inevitável enfiar uma pessoa num grupo para ela poder existir. Como se os textos e as posições não valessem pelo que são: tentativas correctas ou desastradas de compreender a realidade. Aqui há tempos, Pacheco Pereira associou todos os colaboradores da revista Atlântico, nos quais me incluo, às ambições políticas de Paulo Portas. Também me chamaram cavaquista por aquilo que escrevi em defesa da eleição de Cavaco Silva. Este primarismo de extinguir a individualidade de uma pessoa deixa-me sempre siderado. Se me permitem a seguinte observação lógica: quando um político vem ter connosco, é ele que vem ter connosco.

E não só. Oiço com abundância que quem escreve sobre política tem forçosamente uma agenda. Por agenda entende-se um objectivo político ou uma aspiração concreta ligada ao exercício do poder. É claro que toda a gente tem uma agenda, no sentido em que expõe um ponto de vista ou defende valores. Mas o que dizer de quem só tenta escrever sobre o que se passa, sem maquinações ocultas ou outros propósitos? O que dizer de quem só quer ser lido? O maior perigo de um jornalismo de agendas é que ele transforma a mera análise dos argumentos em algo dispensável.

Anónimo disse...

Andam todos tapados. O que interessa é que seja PSD, não interessa que seja bom ou mau, nestes meios atrasados e sub-desenvolvidos onde pensam que o PSD é que fez o ic8 e isso é a grande obra das vidas deles. Para a maioria o socrates é um ladrão. Não percebo este povo do interior. Eu não fasso parte desses vergonhosos 60%. Santana lopes, havia de ser botino com ele no governo!

Anónimo disse...

Pedro Lomba tem um discurso interessante, apesar de não o conseguir compreender.

Anónimo disse...

Enfiaram todos a carapuça e ninguém tem nada a dizer.